Painel 20 – Jovem advocacia recebe conselhos de palestrantes

Os desafios enfrentados pelos advogados no começo da carreira foi um dos temas debatidos, nesta terça-feira (28/11), na 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira. Intitulado “Iniciação à Advocacia”, o painel reuniu autoridades do mundo jurídico, educadores, especialistas em áreas como comunicação, oratória e empreendedorismo, que levaram à plateia de jovens profissionais informações e experiências a fim de contribuir para uma carreira bem-sucedida. 

O presidente Nacional da OAB, Beto Simonetti, saudou os participantes, durante as palestras, dizendo que os jovens advogados representam hoje a maior parcela da advocacia brasileira. “Cumprimento todos em nome do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, (um dos palestrantes do painel), meu inspirador e das novas gerações de profissionais”, disse, lembrando que no início da carreira foi presidente da Comissão da Advocacia Iniciante da OAB, hoje Conselho da Jovem Advocacia. “Viva a jovem advocacia”, disse, sob aplausos.

O painel foi presidido pela conselheira federal do Rio de Janeiro, Juliana Hoppner Bumachar Schmidt, que saudou os participantes agradecendo o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti. “Agradeço também o presidente da OAB-MG por nos receber em sua Casa”, disse. Já o conselheiro federal de Sergipe, Fábio Brito Fraga, foi responsável pela  relatoria do painel, enquanto o secretariado ficou a cargo do conselheiro federal do Distrito Federal, José Cardoso Dutra Júnior.

Do atendimento ao cliente ao contrato de honorários 

O presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, abriu a série de palestras discorrendo sobre o tema “Do atendimento ao cliente ao contrato de honorários”. Com a experiência de 23 anos de advocacia, o jurista reiterou que a comunicação com um potencial cliente, no primeiro encontro, pode resultar ou não em um contrato de honorários. “É preciso mais ouvir do que falar, procurar saber o que a pessoa traz. Uma relação humana pode ser o diferencial para que a pessoa contrate você ou outro profissional”, disse. “Na hora estiver atendendo potencial cliente não atenda ao telefone, não acesse redes sociais”, emendou.

Bitto Pereira alertou os jovens sobre a atenção ao fazer  contratos de honorários, que, segundo ele, devem conter cláusulas que assegurem o pagamento mesmo, se por exemplo, haja acordo entre as partes. “Há casos em que clientes pedem a desistência e querem, mesmo assim, tirar os honorários”, exemplificou. 

“Advocacia contemporânea – Uma visão do futuro”

O presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAAMG), Gustavo Chalfun, falou sobre o tema  “Advocacia contemporânea – Uma visão do futuro”. Ele iniciou a palestra falando da experiência de ter acompanhado, desde os 13 anos, as mudanças na advocacia, ao conviver com o pai, também advogado, em Varginha (MG).

“Em 1995, quando foi criada a Lei no 9.099 (legislação criou os Juizados Especiais Cíveis e Criminais), pensaram que os escritórios iam acabar. Muito pelo contrário, as demandas se avolumaram”, pontuou Chalfun.

Ele afirmou também que no início da carreira de advogado, há 23 anos, a doutrina era demandar e entregar para o Poder Judiciário a solução dos problemas. “Hoje com a desjudicialização, o acordo de solução sai da própria advocacia, de cada advogado. Passamos a protagonizar a solução de conflitos”, afirmou.

Comunicação Oral na Advocacia 

O conselheiro Federal de Pernambuco, Bruno Baptista, desmistificou a crença da maioria das pessoas de que os advogados especialistas em oratória são naturalmente destemidos e comunicativos. Ele citou como exemplo a história pessoal. “Fui uma criança tímida e um tio acreditava que não teria sucesso na profissão em razão disso. Fui um estagiário tímido, mas com estudo, preparação e, sobretudo, por acreditar que poderia vencer, consegui superar o medo de falar em público”, garantiu.

Ele recomendou aos jovens advogados a não terem  medo da tribuna e pensar que são capazes de uma vitória na tribuna, trabalhando a auto confiança. “É preciso tirar da cabeça os fantasmas de que irá tropeçar na tribuna, de não dar conta de falar ou que será criticado pela plateia por um filme com final feliz”, frisou.

Antes de subir à tribuna, ele recomenda fazer um roteiro do que irá falar, cumprimentar todos os presentes, com os devidos pronomes de tratamento e de usar argumentos fortes para convencer os ouvintes. “Entre com sorriso no rosto, humanize o discurso com histórias e poemas. Podemos desenvolver todas as habilidades com treinamento”, garantiu, recomendando a leitura de livros e filmes diversos.

Fábio Brito Fraga, conselheiro federal por Sergipe,  salientou a importância de o advogado sair do “lugar comum”, desde a forma de se apresentar para o cliente até na performance nos tribunais. “Destaco a orientação de Bruno Baptista de usar trechos de poemas e músicas nos tribunais como uma forma envolver as pessoas”, afirmou.

 

Os desafios enfrentados pelos advogados no começo da carreira foi um dos temas debatidos, nesta terça-feira (28/11), na 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira. Intitulado “Iniciação à Advocacia”, o painel reuniu autoridades do mundo jurídico, educadores, especialistas em áreas como comunicação, oratória e empreendedorismo, que levaram à plateia de jovens profissionais informações e experiências a fim de contribuir para uma carreira bem-sucedida. O presidente Nacional da OAB, Beto Simonetti, saudou os participantes, durante as palestras, dizendo que os jovens advogados representam hoje a maior parcela da advocacia brasileira. “Cumprimento todos em nome do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, (um dos palestrantes do painel), meu inspirador e das novas gerações de profissionais”, disse, lembrando que no início da carreira foi presidente da Comissão da Advocacia Iniciante da OAB, hoje Conselho da Jovem Advocacia. “Viva a jovem advocacia”, disse, sob aplausos.O painel foi presidido pela conselheira federal do Rio de Janeiro, Juliana Hoppner Bumachar Schmidt, que saudou os participantes agradecendo o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti. “Agradeço também o presidente da OAB-MG por nos receber em sua Casa”, disse. Já o conselheiro federal de Sergipe, Fábio Brito Fraga, foi responsável pela  relatoria do painel, enquanto o secretariado ficou a cargo do conselheiro federal do Distrito Federal, José Cardoso Dutra Júnior.Do atendimento ao cliente ao contrato de honorários O presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, abriu a série de palestras discorrendo sobre o tema “Do atendimento ao cliente ao contrato de honorários”. Com a experiência de 23 anos de advocacia, o jurista reiterou que a comunicação com um potencial cliente, no primeiro encontro, pode resultar ou não em um contrato de honorários. “É preciso mais ouvir do que falar, procurar saber o que a pessoa traz. Uma relação humana pode ser o diferencial para que a pessoa contrate você ou outro profissional”, disse. “Na hora estiver atendendo potencial cliente não atenda ao telefone, não acesse redes sociais”, emendou.Bitto Pereira alertou os jovens sobre a atenção ao fazer  contratos de honorários, que, segundo ele, devem conter cláusulas que assegurem o pagamento mesmo, se por exemplo, haja acordo entre as partes. “Há casos em que clientes pedem a desistência e querem, mesmo assim, tirar os honorários”, exemplificou. “Advocacia contemporânea – Uma visão do futuro”O presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAAMG), Gustavo Chalfun, falou sobre o tema  “Advocacia contemporânea – Uma visão do futuro”. Ele iniciou a palestra falando da experiência de ter acompanhado, desde os 13 anos, as mudanças na advocacia, ao conviver com o pai, também advogado, em Varginha (MG).“Em 1995, quando foi criada a Lei no 9.099 (legislação criou os Juizados Especiais Cíveis e Criminais), pensaram que os escritórios iam acabar. Muito pelo contrário, as demandas se avolumaram”, pontuou Chalfun.Ele afirmou também que no início da carreira de advogado, há 23 anos, a doutrina era demandar e entregar para o Poder Judiciário a solução dos problemas. “Hoje com a desjudicialização, o acordo de solução sai da própria advocacia, de cada advogado. Passamos a protagonizar a solução de conflitos”, afirmou.Comunicação Oral na Advocacia O conselheiro Federal de Pernambuco, Bruno Baptista, desmistificou a crença da maioria das pessoas de que os advogados especialistas em oratória são naturalmente destemidos e comunicativos. Ele citou como exemplo a história pessoal. “Fui uma criança tímida e um tio acreditava que não teria sucesso na profissão em razão disso. Fui um estagiário tímido, mas com estudo, preparação e, sobretudo, por acreditar que poderia vencer, consegui superar o medo de falar em público”, garantiu.Ele recomendou aos jovens advogados a não terem  medo da tribuna e pensar que são capazes de uma vitória na tribuna, trabalhando a auto confiança. “É preciso tirar da cabeça os fantasmas de que irá tropeçar na tribuna, de não dar conta de falar ou que será criticado pela plateia por um filme com final feliz”, frisou.Antes de subir à tribuna, ele recomenda fazer um roteiro do que irá falar, cumprimentar todos os presentes, com os devidos pronomes de tratamento e de usar argumentos fortes para convencer os ouvintes. “Entre com sorriso no rosto, humanize o discurso com histórias e poemas. Podemos desenvolver todas as habilidades com treinamento”, garantiu, recomendando a leitura de livros e filmes diversos.Fábio Brito Fraga, conselheiro federal por Sergipe,  salientou a importância de o advogado sair do “lugar comum”, desde a forma de se apresentar para o cliente até na performance nos tribunais. “Destaco a orientação de Bruno Baptista de usar trechos de poemas e músicas nos tribunais como uma forma envolver as pessoas”, afirmou. 

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