Em posse da nova presidente do STM, OAB Nacional reforça compromisso com a igualdade

A secretária-geral da OAB Nacional, Rose Morais, e o diretor tesoureiro, Délio Lins e Silva Júnior, participaram nesta quarta-feira (12/3) da posse da nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha. Também tomou posse o ministro tenente brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo como vice-presidente.

A medalha Rui Barbosa Cléa Carpi também esteve presente e discursou, representando a Ordem durante a cerimônia. Ela ressaltou o caráter histórico da eleição da primeira mulher no mais alto posto da instituição.

“É com honra e emoção que aqui me encontro, trazendo a voz e a representatividade da Ordem dos Advogados do Brasil a esta tribuna. [Esta posse] tem um sentido histórico e pedagógico. Como mulher eleita democraticamente e de forma pioneira para o Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth rompe uma tradição de mais de 200 anos. Sua presença cumpre o mandamento da nossa Constituição, tão bem validada por Ulysses Guimarães, no sentido de que todos somos iguais em direitos e obrigações, cada um com sua individualidade, na fé e na esperança de um mundo melhor, fraterno e acolhedor, ciente de que é o presente que dá sentido à vida”, afirmou Cléa Carpi.

Também do Sistema OAB, estiveram presentes o membro honorário vitalício Cezar Britto e o presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça.  Marcaram presença, ainda, autoridades dos Três Poderes, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente Geraldo Alckimin; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso; além dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Antônio Fabrício de Matos Gonçalves.

Em seu discurso, a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, que chegou ao Tribunal em 2007 ocupando a vaga destinada à advocacia,  destacou que um dos objetivos centrais de seu mandato é aprovar no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autorize a Corte Militar como integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Outra bandeira de Maria Elizabeth é a diversidade e maior inclusão das mulheres em espaços de poder.

“Nós mulheres, temos um sonho. O sonho da igualdade. A carta de 1988 nos emancipou, graças a um unido e diminuto grupo de parlamentares eleitas para o Congresso Nacional em 1986, que colaboraram, para que as garantias femininas fossem fundamentalizadas. Resta-nos, agora, ressignificar nosso papel nas estruturas societárias. Lamentavelmente, o Brasil é considerado o segundo índice global de disparidade de gênero de 2024. Um dos mais desiguais do mundo. Isso reflete as mazelas de um estado que ainda se debate contra discriminações e preconceitos herdados de um estrutura patrimonialista e patriarcal. A despeito do evidente avanço legal, longo é o caminho para a construção de um país livre de constrangimentos e asfixias sociais”, declarou a ministra presidente do Superior Tribunal Militar.

Histórico

Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha é natural de Belo Horizonte (MG) e chegou ao Supremo Tribunal Militar em 2007, ocupando a vaga destinada à advocacia. A magistrada iniciou a carreira em 1982, com a formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Ainda na área acadêmica, é doutora em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

 

A secretária-geral da OAB Nacional, Rose Morais, e o diretor tesoureiro, Délio Lins e Silva Júnior, participaram nesta quarta-feira (12/3) da posse da nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha. Também tomou posse o ministro tenente brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo como vice-presidente.A medalha Rui Barbosa Cléa Carpi também esteve presente e discursou, representando a Ordem durante a cerimônia. Ela ressaltou o caráter histórico da eleição da primeira mulher no mais alto posto da instituição.“É com honra e emoção que aqui me encontro, trazendo a voz e a representatividade da Ordem dos Advogados do Brasil a esta tribuna. [Esta posse] tem um sentido histórico e pedagógico. Como mulher eleita democraticamente e de forma pioneira para o Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth rompe uma tradição de mais de 200 anos. Sua presença cumpre o mandamento da nossa Constituição, tão bem validada por Ulysses Guimarães, no sentido de que todos somos iguais em direitos e obrigações, cada um com sua individualidade, na fé e na esperança de um mundo melhor, fraterno e acolhedor, ciente de que é o presente que dá sentido à vida”, afirmou Cléa Carpi.Também do Sistema OAB, estiveram presentes o membro honorário vitalício Cezar Britto e o presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça.  Marcaram presença, ainda, autoridades dos Três Poderes, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente Geraldo Alckimin; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso; além dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Antônio Fabrício de Matos Gonçalves.Em seu discurso, a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, que chegou ao Tribunal em 2007 ocupando a vaga destinada à advocacia,  destacou que um dos objetivos centrais de seu mandato é aprovar no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autorize a Corte Militar como integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Outra bandeira de Maria Elizabeth é a diversidade e maior inclusão das mulheres em espaços de poder.“Nós mulheres, temos um sonho. O sonho da igualdade. A carta de 1988 nos emancipou, graças a um unido e diminuto grupo de parlamentares eleitas para o Congresso Nacional em 1986, que colaboraram, para que as garantias femininas fossem fundamentalizadas. Resta-nos, agora, ressignificar nosso papel nas estruturas societárias. Lamentavelmente, o Brasil é considerado o segundo índice global de disparidade de gênero de 2024. Um dos mais desiguais do mundo. Isso reflete as mazelas de um estado que ainda se debate contra discriminações e preconceitos herdados de um estrutura patrimonialista e patriarcal. A despeito do evidente avanço legal, longo é o caminho para a construção de um país livre de constrangimentos e asfixias sociais”, declarou a ministra presidente do Superior Tribunal Militar.HistóricoMaria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha é natural de Belo Horizonte (MG) e chegou ao Supremo Tribunal Militar em 2007, ocupando a vaga destinada à advocacia. A magistrada iniciou a carreira em 1982, com a formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Ainda na área acadêmica, é doutora em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. 

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